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Longo e viciante: Parfait Tic!

  • Mari
  • 25 de fev. de 2016
  • 5 min de leitura

O clímax da história? Não consigo definir um! É viciante

Autor/Desenho: Nanaji Nagamu

Ano: 2000

Categorias: Comédia, escolar, romance, shoujo

CONCLUÍDO (150 capítulos) Tradução: 1 - 140 em PT-BR; 141 - 150 (final) em EN-US

Uma deliciosa comédia romântica talvez não seja o suficiente para os 150 capítulos de Parfait Tic; A história te prende por ainda ter drama, personagens carismáticos e uma protagonista forte!

Te garanto que os primeiros capítulos não serão lá aquelas coisas... Afinal, você praticamente cai de paraquedas na história. Sim, o fluxo de Parfait Tic é rápido, você as vezes vai questionar se um mangá tão longo manterá o mesmo ritmo. Pois não só mantém, como melhora!

Tudo ocorria perfeitamente bem e divertido na vida de Fuuko. Porém, após a chegada de dois novos inquilinos, Daiya e Ichi, a vida dela nunca mais foi a mesma. (CALMA! Não se assuste com a simplicidade da sinopse)

Trio principal: Daiya, Ichi e a nossa protagonista, Fuuko

Personalidades bem distintas, é a primeira coisa que Fuuko percebe quando os novos inquilinos chegam (além é claro, que para todas as personagens, eles são atraentes). Um grita com ela (Ichi) e outro a trata com uma simpatia ímpar (Daiya) e isso acaba mexendo com a nossa protagonista logo de cara, mas ela se esforça para "não ligar". O que acaba falhando graças a ajuda dos dois, Daiya e Ichi, que se envolvem naturalmente com Fuuko e, de maneiras diferentes, eles vão à conquistando. Até que depois de algum tempo ela se vê apaixonada por Daiya (que simpatia esse rapaz!). Se declarar é um fato para nossa protagonista. Porém, isso é adiado ao ver outras meninas sendo rejeitadas porque ele não entende o que é “gostar de alguém”. Que desastre! É claro que Fuuko sofre e seus amigos aconselham ela contar mesmo assim. Pois bem, dito e feito: Ela também é rejeitada.

Daiya rejeita Fuuko

O primeiro amor da vida, sendo repelido com um único ato de frieza. É tudo que ela tinha como resposta (!) E não há outra alternativa: Daiya REALMENTE não gostava dela, não de um jeito romântico. Percebendo isso, Fuuko decide sufocar seus sentimentos e tentar seguir em frente. Bem, não seria fácil e Daiya percebeu isso claramente, se sentindo muito mal pela situação. Mas como ajudar a amiga que ele mesmo recusou? Essa tarefa então é voluntariamente assumida por Ichi.

Ichi está sempre com ela, na hora em que mais precisa

Fica nítido as demonstrações de Ichi. Ele não queria apenas ajudá-la, mas sim assumir um compromisso. Fuuko estranha no começo, e acredito também que nossas leitoras são pegas pela "Síndrome do primeiro cara"*, isso é, queremos o Daiya e não o Ichi. Porém, vimos que as intenções são sérias e acabamos se apegando à ele junto com a nossa protagonista (Olha que coisa!). Depois de algum tempo, somando a indiferença de Daiya e os sentimentos cada vez mais fortes de Ichi, ela resolve enfim se declarar (algo que chega a ficar óbvio no desenrrolar da história).

*"Síndrome do primeiro cara": Uma forte tendência de não apenas gostar, mas também de torcer para que a protagonista fique com o primeiro cara em quem se apaixonou.

Ichi e Fuuko juntos

Quando Fuuko decide expor seus sentimentos, aparece um antigo amor de Ichi. Não apenas isso, me desculpem pela palavra, mas a menina é um PUTA amor de Ichi. É como se fosse um amor platônico, e pior, algo recente (cerca de 1 ano). A situação fica complicada, Ichi se sente dividido e aos poucos vai rejeitando Fuuko. Ela se vê obrigada a virar a página mais uma vez, mas isso vai imergindo seus dias em uma tristeza profunda. Daiya, seu melhor amigo, agora tenta ajudá-la desesperadamente a superar isso, porém sem sucesso. Até que...

"Eu estou aqui por você, preste atenção em mim"

Sim! Daiya gosta dela, verdadeiramente. Inacreditável no começo, acredito que muitas pessoas ficaram com o pé atrás (assim como a Fuuko fico!). Porém, no decorrer da história a única explicação pelas atitudes de Daiya é o amor que ele sente por ela. Inesperadamente, surge um pedido de namoro e nossa protagonista acaba aceitando. Meio que sem acreditar no relacionamento eles saem juntos, e com o passar do tempo, dá certo. Dá muito certo. Paralelo à isso, vemos Ichi convivendo com um amor impossível e desgastante, pois sua amante é casada. Mesmo assim, ele tenta conviver com ela até o final, onde percebe que ela precisa na verdade é do marido, e não dele (triste!).

Ichi desistindo de Iori: "Eu amei tanto você, que fiz coisas estúpidas!"

Lembra-se que Ichi estava "dividido"? Pois bem, agora que superou seu antigo amor, ele tenta reconquistar Fuuko, chegando ao ponto de tentar beijá-la! Daiya espanca Ichi sem hesitar, e é interrompido por Fuuko que não quer ver seu namorado imerso em fúria. A partir desse ponto, caros leitores, provamos da amargura do efeito borboleta: Daiya entende isso como uma defesa ao Ichi e começa a desconfiar de nossa protagonista. Cada vez mais, vemos o clima do casal piorar ao mesmo tempo em que Fuuko tenta desesperadamente remediar, sem sucesso! Até que, percebemos que ele precisa tomar a decisão mais dolorosa, porém inevitável:

Daiya termina com Fuuko

Com um singelo agradecimento dele, o casal se separa. Daiya fica tão entristecido, que reparamos nitidamente uma mudança do personagem: Aquela simpatia e bom humor de antigamente se transforma em alguém que não consegue mais sorrir. Fuuko fica tão chocada com a atitude de Daiya que ao chegar em casa, permanece imóvel em sua cama uma noite inteira! E ele não volta atrás, em nenhum momento. Esmagar seus preciosos sentimentos, enterrar todas memórias, fotos, lembranças parece ser algo impossível para Fuuko (ainda mais o vendo todos os dias!), porém é a única alternativa que resta. Será possível desistir de tudo após uma única noite? Não se sabe, mas ela precisa fazer isso. É nessa hora que vemos o quanto a protagonista consegue ser forte:

Sorrir, ela sorri no dia seguinte. Tanto para Ichi, como para o Daiya e eles percebem sua mudança. Era o que todos precisavam, para que o clima entre eles volte à normalidade. Porém, logo em seguida ela recebe uma noticia de forma seca e fria: Daiya se mudará para a China! Uma ansiedade cresce dentro dela, as coisas ficaram muito pior agora. O tempo que Fuuko precisava para reconciliar com ele, agora não existe mais. Mas, o que fazer se não sorrir? E então, na escola, ela se candidata para organizar a festa de despedida do seu ex-namorado. Sorri, tira fotos com ele, conversa, falam de seu futuro juntos... Tentar esquecer além de ser impossível, é uma ofensa à essas preciosas memórias e o que ela decide então é aproveitar o Daiya que agora está com ela. Isso acaba envolvendo o casal de uma forma muito mais profunda.

Fuuko escreve suas últimas palavras ao Daiya: "Obrigada"

"Posso te abraçar... pela última vez?"

Chega o dia da despedida. O último olhar e o último momento que Fuuko está com aquele que ama, se resume nas poucas palavras “Até mais”. Inadmissível! Ela simplesmente não consegue aceitar. Corre para o aeroporto e se declara, mais uma vez, grita as palavras que à muito tempo estavam engasgadas. Daiya se sente aliviado em ver a sincera atitude de Fuuko, e a aceita de volta. Na verdade, fica óbvio que ele estava louco para fazer isso (Finalmente!). Após ver todo o esforço dela, Ichi desiste, mesmo ainda gostando-a. No fim, não tinha como mudar o fato de ir pra China, mas agora Daiya tem um motivo para voltar; Algo precioso sempre estará esperando por ele.

Juntos!

Resumir 3.500 páginas desse mangá é complicado. A história flui em um ritmo louco, muitas coisas acontecem. Mas, ao mesmo tempo, os sentimentos se constroem naturalmente. Isso faz de Parfait Tic! o romance do tipo mais gostosinho de se ver, você realmente se apega aos personagens. Não tem muita comédia e principalmente, não muda o foco do romance. Ou seja, não aparecem 500 amigos pra fazer uma maratona de grupo de estudos, por exemplo. É o trio (Daiya, Ichi e Fuuko) quase que 100% do tempo. Bem, eu adorei!

 

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Parfait Shoujo por Mari

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